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BNDES e BM&F estudam produtos na área de crédito de carbono

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Por Redação
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O BNDES e a BM&F devem lançar ainda este ano produtos voltados para o mercado de crédito de carbono, como parte de uma série de medidas que serão tomadas pelo banco para impulsionar o comércio de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) no país. De acordo com o superintendente da recém-criada área de meio ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Sergio Weguelin, vários produtos estão sendo pensados, mas ainda não existe nada definido. "Estamos vendo vários produtos, mas não posso antecipar, estamos trabalhando com a BM&F em produtos para este ano, mas tem que estudar, tudo isso depende de muito esforço", explicou o executivo durante seminário sobre crédito de carbono promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais. O próprio banco já tem utilizado o critério de sustentabilidade para aprovar projetos e, com a criação de uma área de meio ambiente há dois meses, agora quer condicionar a concessão de financiamentos a práticas ecologicamente corretas. O banco estuda também criar Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) que antecipem receitas de créditos de carbono a projetos de exploração sustentável. "Tendo dinheiro mais barato para projetos verdes você vai estimular as empresas. Se não for verde vai pagar mais caro, o rating do banco vai penalizar", explicou. "Em algumas situações a gente vai criar o constrangimento para que a empresa vire verde, porque se não virar verde ela vai ficar exposta", complementou. Segundo Weguelin as empresas brasileiras chegaram a um momento de definição, "vão ter que optar se são ou não sustentáveis", afirmou. Para ajudar as empresas o banco vai elaborar nos próximos dois anos guias ambientais para 68 áreas, como a siderúrgica e energia por exemplo, dando o caminho das pedras para conseguir financiamentos com menor custo no banco. "Em dois anos estaremos no estado da arte do ponto de vista ambiental", previu Weguelin. Gestor do Fundo da Amazônia, que em 2017 prevê atingir 17 bilhões de dólares, o banco estuda ainda financiar a compra ou arrendamento de terrenos para que empresários que necessitem manter determinada área de floresta nativa comprem ou adquiram terrenos equivalentes e próximos, com as mesmas características. (Por Denise Luna)

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