12 de outubro de 2014 | 13h05
Numa zona eleitoral em La Paz, os eleitores formavam desde cedo fila para votar. Os policiais patrulhavam em grande número as ruas. A votação começou pontualmente às oito da manhã. Nas zonas rurais, houve relatos de grandes atrasos, porém.
O apelo popular de Morales e os gastos cautelosos dos recursos do gás em ações sociais, estradas e escolas deram amplo apoio ao presidente de 54 anos, num país marcado por golpes e instabilidade política.
"Votei no Morales", disse Flavia Nuñez, 50 anos, auxiliar de escritório. "Esses outros candidatos de direita vão nos levar de volta no tempo. Eu não quero isso".
Morales, primeiro líder boliviano da etnia Aymara, vota na região onde cultivou coca na juventude. Ele fez um apelo para que os seis milhões de eleitores votassem e mostrassem "a unidade do país".
Nos seus outdoors de campanha, o slogan é "Com Evo estamos indo bem".
As pesquisas de opinião mostram Morales vencedor no primeiro turno com 60 por cento dos votos.
Se vencer, Morales, que prega contra o capitalismo, mas recebe elogios de Wall Street por manter o superávit fiscal, pode se tornar o presidente boliviano por mais tempo no poder.
Desde que assumiu o cargo, em 2006, ele presidiu por um período de oito anos de crescimento econômico acima dos cinco por cento, nacionalizando indústrias como gás e usando os recursos para financiar o seu "socialismo indígena". O número de bolivianos vivendo em extrema pobreza caiu no período.
(Por Enrique Andres Pretel)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.