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Bolsas asiáticas abrem com fortes quedas nesta sexta-feira

Índice Nikkei chegou a cair mais de 11%; Coréia do Sul, Cingapura e Austrália apresentam recuos de cerca de 7%

Por Da BBC Brasil
Atualização:

As principais bolsas asiáticas abriram com fortes quedas na manhã desta sexta-feira, depois de um dia de grandes perdas na maioria dos mercados do mundo. Veja também: Como o mundo reage à crise  Após dois novos leilões do BC, dólar fecha em queda de 4,82% Variação do dólar supera queda das commodities na crise FMI age para garantir crédito a emergentes Confira as medidas já anunciadas pelo BC contra a crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Entenda o pacote anticrise que passou no Senado dos EUA  A cronologia da crise financeira  Veja como a crise econômica já afetou o Brasil  Entenda a crise nos EUA  Em Tóquio, o índice Nikkei chegou a cair 11,3% nas primeiras horas da manhã. Já as bolsas da Coréia do Sul, Cingapura e Austrália apresentaram recuos de cerca de 7%. Em Xangai, os mercados começaram o pregão em queda de 3,79% e o índice Hang Seng, de Hong Kong, abriu com recuo de 7,7%. Os primeiros resultados das bolsas asiáticas acompanharam a tendência de perdas expresivas nos mercados ocidentais nesta quinta-feira. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 7,33% e atingiu seu nível mais baixo em pontos em cinco anos, ficando abaixo dos 9 mil pontos (8.579, 19), enquanto o Nasdaq ficou em -5,47%. A Bovespa, em São Paulo, seguiu a tendência americana e fechou em -3,92%. Apesar das diversas medidas para tentar conter a crise financeira tomadas nos últimos dias por governos de todo o mundo, os investidores temem que a turbulência leve a uma recessão global. Ajuda de emergência Com o agravamento da crise financeira, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, anunciou nesta quinta-feira em Washington que o Fundo ativou um mecanismo de emergência para ajudar países que estão sendo seriamente afetados pela turbulência. O mecanismo, criado em 1995, permite a aprovação de empréstimos mais rapidamente pelo fundo. Foi usado pela primeira vez durante a crise asiática de 1997, quando Tailândia, Filipinas, Indonésia e Coréia do Sul foram beneficiados. "Nós estamos prontos para responder a qualquer pedido de países que enfrentam problemas", disse Kahn, acrescentando que alguns países desenvolvidos podem ser ajudados. Kahn revelou à BBC que já tem alguns países em vista como possíveis candidatos à ajuda do FMI, mas se recusou a revelar quais. Recessão global Também nesta quinta-feira, o diretor-gerente do FMI disse que o mundo está entrando em uma "recessão global" e que o sistema financeiro internacional só deve começar a se recuperar da atual crise na segunda metade de 2009. "Nosso parecer é que o crescimento das economias avançadas será próximo de zero no ano que vem e de cerca de 3% na economia global", disse Strauss-Kahn. "Assim, estamos à beira de uma recessão global." "Na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), o FMI foi criticado por ser pessimista demais", acrescentou. "Infelizmente, fomos otimistas demais." Strauss-Kahn também comentou o avanço da crise bancária na Europa e afirmou que os países da União Européia precisam adotar ações coordenadas em relação ao problema. Para o diretor-gerente do FMI, qualquer ação unilateral - como as que foram anunciadas nos últimos dias por vários países do bloco - "precisa ser evitada ou mesmo condenada". "Faço um apelo aos países europeus para que trabalhem juntos", acrescentou. "Não há solução doméstica para uma crise como esta." Também nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu injetou mais US$ 100 bilhões no sistema bancário dos países que adotam o euro como moeda, além de dar crédito ilimitado aos países do bloco até pelo menos janeiro do ano que vem. Fora da zona do euro, a crise deu sinais de mais intensificação na Islândia. As injeções de capital ocorreram depois que sete bancos centrais de todo o mundo anunciaram juntos uma redução nas taxas de juros, em uma ação coordenada para tentar frear o desaquecimento econômico. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.