Bolsista do ProUni é xingada por colega da PUC

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Por Mariana Lenharo
Atualização:

No começo do mês, Meire Rose Morais, de 46 anos, aluna de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), recebeu uma série de e-mails de uma colega com ofensas que tinham como alvo dos seus pés ao creme que usa no cabelo, passando por sua religião. Meire, que é negra e bolsista do ProUni, conta que desde que entrou na universidade, em 2005, sofre com o preconceito de alunos e professores. "Os outros não manifestam que são bolsistas para não sofrer preconceito", diz. Segundo ela, os alunos do ProUni acabam segregados. "Ninguém quer compartilhar ou fazer grupo com os bolsistas. Os professores tratam isso como uma mera questão de afinidade, mas é mais que isso."A discussão por e-mail começou quando Meire enviou para o e-group de sua sala uma mensagem sobre a presidente eleita Dilma Rousseff, que ela apoia. Alguns alunos se irritaram com a posição política e uma das alunas enviou 33 e-mails agressivos para a bolsista. Após o caso se tornar público na PUC, alunos e professores criaram um movimento contra a intolerância, que culminou com uma moção de repúdio contra os e-mails.

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