PUBLICIDADE

Bósnia prende três ex-soldados por crimes de guerra nos anos 1990

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A polícia prendeu prendeu três ex-soldados sérvios-bósnios nesta quinta-feira por suspeita de crimes de guerra contra muçulmanos bósnios após a descoberta, no ano passado, do que se acredita ser a maior vala comum do conflito armado na Bósnia, de 1992 a 1995. O promotor disse que Mitar Vlasenko, 59 anos, Rade Vlasenko, 54, e Drago Koncar, 53, foram presos na vila de Kozarac, próxima a Prijedor, noroeste do país, e que a polícia estava fazendo buscas em mais locais para encontrar provas. Milhares de bósnios e croatas pereceram nos campos de detenção sérvio-bósnios em Prijedor como parte da tentativa de retirar aqueles que não eram sérvios do território. Cerca de 100 mil pessoas morreram na guerra, a maioria delas bósnios muçulmanos. “Os homens eram parte do Exército da República Sérvia e são suspeitos de matar sete bósnios na área de Kozarac”, disse o gabinete da procuradoria em comunicado. Segundo a nota, as mortes ocorreram entre maio e junho de 1992. No ano passado, especialistas forenses bósnios desenterraram os restos de 435 pessoas da vala comum de Tomasica, próxima de Prijedor. Eles acreditam que lá estão os restos de 1.000 vítimas, o que a tornaria a maior vala comum do país, situado nos Bálcãs. Especialistas trabalham para identificar as vítimas. Até agora, 178 pessoas foram identificadas por meio de análises de DNA, entre eles um homem e seus seis filhos. As exumações foram suspensas durante o inverno, mas devem ser retomadas em breve. Cerca de 1.200 pessoas ainda constam como desaparecidas na área de Prijedor. O tribunal de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) em Haia sentenciou 16 sérvios-bósnios a um total de 230 anos de prisão pelas atrocidades na região de Prijedor. (Por Maja Zuvela)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.