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Brasil e Argentina assinarão acordo por reator nuclear

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Por Redação
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Brasil e Argentina vão assinar no próximo dia 31 um acordo para construção de um reator nuclear multipropósito. Como o nome sugere, o reator pode ser usado para várias finalidades, também para a área médica, informou nesta sexta-feira o Itamaraty. Esse e outros acordos devem ser assinados durante a primeira viagem internacional da presidente Dilma Rousseff. Ela encontrará com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no dia 31, em Buenos Aires. Segundo o embaixador, Antônio Simões, subsecretário-geral do departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Itamaraty, as comissões nucleares dos dois países vão desenvolver tecnologias com o objetivo de construir dois reatores multipropósito. "Queremos aproveitar a experiência da Argentina, que já vendeu reatores de pesquisa para o Peru e para a Austrália. A ideia é de, sobretudo, fazer com que toda essa parte da indústria nuclear dos dois países possa trabalhar em conjunto", afirmou. Simões não disse quais os valores que estão envolvidos no acordo porque ele ainda será assinado, mas confirmou que o objetivo é que o projeto comece a receber investimentos ainda neste ano. HIDRELÉTRICA Dilma e Cristina também assinarão um convênio entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Planejamento da Argentina para a experiência do programa Minha Casa, Minha Vida possa ser usada pelo governo argentino. Segundo Simões, a Caixa não investirá recursos na contratação de moradias em solo argentino. Apenas transferirá conhecimento. Para o embaixador, a visita de Dilma representa um novo momento da relação entre Brasil e Argentina. "Chegamos a uma terceira fase (da relação) que é a integração das sociedades, abrindo outros horizontes. Devemos trabalhar questões sociais, aprimorar as questões fronteiriças", afirmou. Os dois países também assinarão um acordo para construção de duas usinas hidrelétricas de Garabi, no Rio Grande do Sul. Segundo o embaixador, esse é um projeto de longo prazo porque ainda é necessário conseguir a liberação ambiental e criar uma empresa binacional para a gestão do negócio. Ele não soube precisar o valor do investimento e nem a capacidade de geração da usina. (Por Jeferson Ribeiro)

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