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Brasil e Bolívia irão reforçar região de fronteira

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

Brasil e da Bolívia concordaram hoje em reforçar o controle militar e policial da fronteira, especialmente na região amazônica, em função do aumento do contrabando e do tráfico de drogas. A decisão foi tomada durante visita do ministro boliviano da Defesa, Walker San Miguel, a seu colega Nelson Jobim e em momento em que a sensibilidade das zonas de fronteiriças veio à tona. Na segunda-feira, 15 brasileiros foram mortos e sete ficaram feridos em uma briga de quadrilhas que disputam o contrabando e o tráfico de drogas e de armas em Guaíra, no Paraná, na fronteira do Paraguai. Em entrevista a meios de comunicação bolivianos, San Miguel informou que as forças brasileiras e bolivianas poderão vir a organizar missões conjuntas de repressão na região amazônica. Ele argumentou que o aumento do contrabando de madeira e de automóveis roubados e do tráfico de drogas e de armas obriga os dois países a ações coordenadas entre seus Exércitos, organismos policiais e ambientais e funcionários de imigração. Entretanto, o Ministério brasileiro da Defesa informou que ainda não há um acerto sobre possíveis exercícios conjuntos entre as forças dos dois países. A aproximação Brasil-Bolívia na área de fiscalização de fronteira foi decidida em um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales no dia 15, em Santiago do Chile. Caminhões Hoje, Jobim e San Miguel trataram também de outra determinação de Lula à Defesa: facilitar a exportação de caminhões brasileiros de uso militar para as Forças Armadas do país vizinho. No encontro de San Miguel com Jobim participaram também o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e representantes da Polícia Federal (PF) e dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores.

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