Brasileiro detido no Líbano pensa em pedir indenização

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Por CARINA URBANIN
Atualização:

O pediatra brasileiro, Mohamed Kassen Omais, que estava preso no Líbano desde a última sexta-feira e foi libertado hoje, diz que pensa em acionar o governo libanês por danos morais sofridos durante a semana que esteve detido. Durante o período da detenção, o brasileiro passou por pelo menos três presídios de Beirute, capital do Líbano. As informações são da Agência Brasil. Segundo o médico, apesar de não ter sofrido agressões físicas, durante o período em que esteve preso foi tratado aos gritos e empurrões. "Agressão física propriamente não sofri, mas sim, agressão moral. Eu era tratado com gritaria e empurrões, uma falta de respeito muito grande com o ser humano, uma agressão psicológica", declarou. Além disso, o médico disse ter sido obrigado a assinar diversos documentos sem entender de que se tratava. Mohamed, que em uma semana perdeu mais de cinco quilos, contou ainda que muitas vezes não tinha água, comida, nem via o sol. Segundo ele, a higiene dos presídios onde ficou também era precária. "O vaso sanitário era apenas um buraco no chão. São locais muito sujos", disse o brasileiro. Mohamed Kassen Omais foi detido logo após se identificar no serviço de imigração do aeroporto de Beirute. De acordo com as informações da Agência Brasil, a expectativa da família é que o casal e os filhos voltem para o Brasil no dia 28 de fevereiro.

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