BRF prevê investimentos de até R$2 bi em 2013; desafio nas exportações

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Por Redação
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A empresa de alimentos BRF prevê investimentos de até 2 bilhões de reais em 2013, valor que deverá ficar praticamente estável em relação aos investimentos de 1,9 bilhão de reais no passado, disse nesta terça-feira o vice-presidente de Finanças, Relações com Investidores e Administração, Leopoldo Saboya. A companhia também prevê um arrefecimento dos altos preços dos grãos, que atingiram recordes no mercado internacional no ano passado, elevando os custos operacionais da maior produtora e exportadora de carnes de frango e suína do país, disse Saboya durante evento para comentar os resultados trimestrais anunciados na véspera. Ele afirmou, no entanto, que os maiores custos operacionais ainda vão ter algum efeito residual no início de 2013. A BRF considera ainda que 2013 será um ano de grande desafios no que diz respeito a preços de produtos vendidos no exterior, por conta da questão dos custos e do efeito do câmbio, que será acompanhado de perto pela empresa, segundo o vice-presidente de Mercado Externo, Antonio Augusto de Toni. "Potencialmente, os custos devem começar a cair, um pouquinho no segundo trimestre e mais no segundo semestre", acrescentou ele. Na segunda-feira, a BRF anunciou lucro líquido de 562,8 milhões de reais no quarto trimestre, ante 121 milhões de reais um ano antes, beneficiado pelo bom resultado nos mercados externo e interno, informou a companhia nesta segunda-feira. Às 13h40, a ação da BRF operava em alta de 1,36 por cento, a 43,91 reais, enquanto o Ibovespa tinha ganhos de 0,56 por cento. CRESCIMENTO ONDE NÃO HÁ LIMITES A companhia, formada após a incorporação da Sadia pela Perdigão, que foi submetida a uma série de restrições pelo órgão regulador de concorrência, sendo obrigada até a se desfazer de ativos, avalia que há atualmente potencial de crescimento em segmentos em que não há restrições concorrenciais. "Embora se tenham restrições do Cade ligadas a alguns mercados, temos marcas que são extensíveis a outros mercados. Temos projetos em outros segmentos, que vão progressiva e lentamente priorizar o crescimento… Tem muita oportunidade para buscar", disse o vice-presidente de Mercado Interno da companhia, José Eduardo Cabral. Algumas marcas da companhia, pelo acordo assinado no Cade, ficarão suspensas por alguns anos em alguns segmentos de mercado. (Reportagem de Fabíola Gomes; texto de Roberto Samora)

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