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Busca por ETs deve ir além de água e carbono, diz relatório

Trabalho do Conselho de Ciências dos EUA pede atenção para a possibilidade de biologias estranhas à terrestre

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Por Redação
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A busca por formas de vida em outras partes do Sistema Solar e além deveria incluir esforços para detectar o que os cientistas, às vezes, chamam de "vida bizarra" - isto é, baseada em reações químicas diferentes das que existem nos seres vivos da Terra - diz um relatório do Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos. O comitê encarregado do relatório conclui que os requisitos fundamentais para a vida como a conhecemos - água líquida, moléculas de carbono, possibilidade de evolução, capacidade de trocar energia com o ambiente - não são os únicos meios de viabilizar fenômenos que poderiam ser caracterizados como formas de vida. "Nossa investigação deixa claro que a vida é possível de modos diferentes dos que os da Terra", disse o presidente do comitê, o oceanógrafo John Baross. O relatório afirma que a pressuposição de que a vida alienígena usaria a mesma arquitetura bioquímica que a vida terrestre vêm fazendo com que os cientistas limitem o escopo de suas considerações sobre os locais onde a vida pode existir. A pressuposição de que a vida requer água, por exemplo, limitou o pensamento sobre hábitats possíveis em Marte aos locais onde se acredita que água ainda exista ou tenha existido no estado líquido. No entanto, de acordo com o comitê, líquidos como amônia ou formaldeído também podem atuar como solventes biológicos. Evidências da presença de uma mistura de água e amônia no interior de Titã, uma lua de Saturno, sugere que uma nova missão ao satélite deveria ter prioridade, diz o comitê.

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