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Bush encerra reunião de poluidores pedindo meta de CO2

Presidente dos EUA insiste em metas voluntárias, não obrigatórias, e em enfatizar novas tecnologias

Por Associated Press
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu que os maiores emissores de gases causadores do efeito estufa do mundo se unam para definir uma meta de redução de emissões. Ele não eximiu os EUA. "Ao fixar esta meta, reconhecemos que há um problema, e ao fixar esta meta, comprometemo-nos a fazer algo a respeito", disse ele no discurso de encerramento de dois dias de conversações numa cúpula sobre mudança climática patrocinada pela Casa Branca. "Compartilhamos uma responsabilidade comum", disse o presidente. "Reduzir as emissões de gases do efeito estufa e manter nossas economias crescendo". Ele disse que cada nação deveria definir os métodos que usará para conter a poluição sem deter o crescimento. A reunião envolveu representantes de 16 países, incluindo China, Índia, Brasil e membros da União Européia. A ênfase de Bush é na adoção de tecnologias "verdes" e de medidas voluntárias. Ele disse que a meta de redução deverá ser fixada até meados de 2008, bem como os mecanismos de verificação de progresso. O presidente sugeriu, ainda, a criação de um fundo internacional para patrocinar pesquisas em tecnologias de energia limpa, anunciando que o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, coordenará um esforço nesse sentido. No discurso, Bush reconheceu que o aquecimento global é real e que a atividade humana é um fator do processo. Mas ele segue se recusando a comprometer os EUA com metas obrigatórias de corte de emissões, e afirma que não tomará parte em tratados internacionais que não incluam os grandes poluidores do mundo em desenvolvimento. Muitos analistas já sugeriram, por conta dessas ressalvas, que o processo de negociação lançado pelos EUA tem o objetivo de solapar as conversações patrocinadas pela ONU e que deverão ter início em dezembro, na Indonésia, para a definição de um tratado sucessor do Protoloco de Kyoto, que se encerra em 2012. Kyoto previa metas obrigatórias de redução, e Bush retirou os Estados Unidos do acordo.  As negociações na ONU têm ênfase em cortes obrigatórios.

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