Cadeirante morto em navio passou mal na noite anterior

PUBLICIDADE

Por Tiago Décimo
Atualização:

Passageiros do navio MSC Sinfonia, no qual morreu a carioca Aline Mion Almeida, de 32 anos, na manhã de segunda-feira, em Recife (PE), afirmam que a passageira passou mal durante toda a noite anterior ao óbito. "A gente encontrou com ela na noite de domingo, fazendo compras normalmente", afirma o administrador de empresas da área de equipamentos hospitalares Otton Rogério Oliveira Lima, de 46 anos, que está a bordo do navio. A informação contrasta com os primeiros dados da Polícia Federal, que investiga o caso. O órgão, por meio da assessoria de imprensa, informou que, por causa do histórico de saúde da vítima - que sofria de distrofia muscular e precisava de uma cadeira de rodas para se movimentar - trabalhava com a hipótese de "causas naturais" na investigação da morte. De acordo com Lima, 87 pessoas já tiveram de ser atendidas no navio, por causa de vômitos e diarreia, desde que a embarcação passou por Recife. O navio, que deveria ter deixado Salvador às 16h30 de hoje, estava retido no porto até as 22 horas. "O pior é que nenhum funcionário fala nada sobre o assunto, o que deixa o clima ainda mais tenso a bordo." Por causa dos numerosos casos de intoxicação, a Vigilância Sanitária realizou uma inspeção, durante o dia, no navio. De acordo com o órgão, foram recolhidas amostras de comida e da água servidas aos passageiros para análise.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.