Câmara de SP decide votar proposta de CPI dos fiscais

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Com 19 assinaturas favoráveis, o vereador Paulo Fiorilo (PT) protocolou ontem proposta para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Fiscais 2, destinada a investigar o esquema de achaque contra camelôs desbaratado pelo Ministério Público Estadual (MPE) no mês passado na Subprefeitura da Mooca, zona leste de São Paulo. O pedido de CPI deve ser votado na próxima terça-feira e precisa dos votos favoráveis de 28 dos 55 vereadores para ser aprovado. Ontem, os vereadores voltaram ao trabalho após o recesso de julho. As acusações da oposição e de alguns vereadores do chamado "centrão" ao novo caso da Máfia dos Fiscais dominaram o plenário da Câmara. Ao todo, o MPE denunciou à Justiça 13 pessoas pelo esquema de corrupção que movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. Entre os acusados estão o ex-assessor político da subprefeitura Marcelo Eivazian e o irmão dele, Felipe, ex-chefe da Unidade de Fiscalização - eles serão denunciados por formação de quadrilha e concussão (crime praticado por funcionário público contra a administração). A denúncia do MPE aponta que os funcionários da subprefeitura cobravam de R$ 30 a R$ 60 semanais para permitir que cada um dos cerca de 7 mil camelôs ilegais ocupassem as ruas do Brás, na região central. "Não podemos deixar que a cidade volte a ser assolada pela corrupção de fiscais que ocorreu durante a gestão do prefeito Celso Pitta (1997-2000). Tem de ficar claro para a população o que houve dentro daquela subprefeitura", disse Fiorilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.