
18 Outubro 2011 | 14h50
"São 22 mil empresas no polo de confecção e uma só cometeu este delito", afirmou ele em entrevista à TV Globo, antes de uma reunião que vai ocorrer no início da tarde, no Palácio do Campo das Princesas, com representantes da Receita Federal, Anvisa e empresários do polo têxtil, que engloba 14 municípios no agreste.
Campos apontou falha na fiscalização nos Estados Unidos "com a saída de uma mercadoria que não devia ter saído". "Houve crime nos Estados Unidos", afirmou ao lembrar que no Porto de Suape, mesmo com a checagem das mercadorias por amostragem, o trabalho da Receita Federal permitiu que o crime fosse descoberto.
Com base na avaliação de infectologistas, o governador frisou que o consumidor que veio a comprar roupas feitas com o material que entrou ilegalmente no País não corre nenhum risco. Pregou punição para a empresa importadora e tranquilidade para que o caso não venha a afetar economicamente um polo que emprega 150 mil pessoas. Segundo ele, tem se proteger um polo de confecção que vem prestando um enorme trabalho e não pode ser confundido com a prática de um sujeito que vem de fora e faz um serviço desse".
Sem citar nomes, o governador se referia a Altair Teixeira de Moura, dono da empresa Na intimidade Ltda, com sede em Santa Cruz do Capibaribe, onde tecidos importados de hospitais norte-americanos com manchas similares as de sangue e secreções humanas era vendidos a quilo. A loja e um galpão da empresa - cujo nome de fantasia é Império do Forro de Bolso - em Toritama foram interditados. Um outro, em Caruaru, com o mesmo nome, foi arrombado pela polícia civil no início da noite de ontem, com cerca de 15 toneladas de lençóis sujos, com manchas.
Altair alega inocência e prometeu uma entrevista coletiva ainda hoje.
Na semana passada a Receita Federal apreendeu dois contêineres com 46 toneladas do material, que era identificado como "tecido de algodão com defeito". Em um deles havia também seringas, catéteres e luvas usadas. Outros 14 são aguardados no Porto de Suape Todos saíram do Porto de Charleston, na Carolina do Sul, para a empresa de Santa Cruz do Capibaribe. De acordo com o governador, todo material importado identificado como tecido passará por rigorosa fiscalização a partir de agora.
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