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Carga de energia no Sistema Interligado Nacional sobe 2,8% em 08

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Por Redação
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A carga de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 2,8 por cento em 2008 comparado a 2007, depois de ter evoluído 4,8 por cento na comparação 2007/2006, informou o Operador Nacional do Sistema nesta segunda-feira. Ao todo foram gerados 51.870 megawatts médios no ano passado, sob a influência de temperaturas mais amenas e pelo baixo desempenho do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, cuja carga de energia consumida cresceu 2,3 por cento em 2008 contra uma alta de 5,1 por cento em 2007 em relação ao ano anterior. "Outro fator que também teve influência nesse desempenho foi o alto preço da energia elétrica no mercado de curto prazo (PLD), durante os meses de janeiro e fevereiro, resultante do atraso do início do período úmido", explicou o operador em nota. Região que concentra a maior parte do parque industrial e do agronegócio no país, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste contribui com 60 por cento da carga do SIN, ou 32 mil megawatts médios. No primeiro semestre houve menos consumo pelo impacto de temperaturas mais amenas e no segundo semestre pela retração econômica, informou o operador. Segundo o ONS, a carga foi influenciada em maior grau pelo desempenho da atividade econômica da região, "muito afetada pela crise internacional, levando setores de grande representatividade da indústria a tomarem medidas preventivas de redução de produção, como paralisações temporárias e antecipação de férias coletivas", informou. A crise financeira mundial levou grandes produtores, como Vale, CSN, Aracruz, entre outros, a fazerem ajustes entre produção e demanda. O destaque no crescimento foi verificado na região Norte, que passou de um consumo de 3.513 para 3.658 megawatts médios, alta de 4,1 por cento. O subsistema Nordeste cresceu 3,2 por cento, influenciado principalmente pelo grande volume de chuvas e temperaturas mais amenas ao longo de todo o ano. Já o subsistema Sul teve alta de 3,5 por cento, refletindo os efeitos da recuperação das atividades econômicas da região. "No entanto, nos últimos meses, excesso de chuvas causando enchentes, a interrupção do abastecimento de gás natural para parte das indústrias pelo rompimento do gasoduto e a seca em parte do Rio Grande do Sul, limitando inclusive o uso da irrigação, afetaram diretamente o comportamento da carga desse subsistema", explicou o ONS. (Por Denise Luna)

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