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Cargueiro KC-390, da Embraer, é apresentado em salão de Paris

Companhia brasileira espera confirmar nos próximos meses a venda de cinco unidades, com opção de um sexto, ao governo de Portugal

Por Andrei Netto
Atualização:
O avião cargueiro KC-390, fabricado pela Embraer Foto: Divulgação

ENVIADO ESPECIAL A LE BOURGET, FRANÇA - A Embraer apresentou ontem à imprensa internacional em Le Bourget, na França, seu cargueiro KC-390, que passa por fase de certificação e deve chegar ao mercado em 2018. A apresentação aconteceu às margens do Salão Aeronáutico de Le Bourget, um dos maiores do mundo.

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Com o objetivo de diversificar seu portfólio de produtos, a companhia brasileira espera confirmar nos próximos meses a venda de cinco unidades, com opção de um sexto, ao governo de Portugal.

A apresentação foi realizada no final da manhã de domingo com a presença no voo de Paulo Cesar de Souza e Silva, diretor-presidente da Embraer, e de Jackson Schneider, diretor-presidente da Embraer Defesa e Segurança, subsidiária para produtos militares. O KC-390 é uma das atrações da companhia no salão aeronáutico e tenta conquistar uma parte do mercado hoje cativo do Hercules C-130, produzido pela americana Lockheed Martin. Os dois aviões em fase de testes já contam mais de mil horas de voo e ainda terão pela frente outras mil horas até que a certificação seja garantida, etapa essencial para a venda.

Primeira venda. O diretor-presidente da Embraer Paulo Cesar de Souza e Silva, </IP><IP9,0,0><IP9,0,0>espera sacramentar a primeira venda do cargueiro <IP9,0,0>KC-390 </IP>nos próximos três meses. “A sinalização de Portugal é muito positiva. Na quinta-feira da semana passada, o Conselho de Ministros de Portugal aprovou a operação de compra e o primeiro-ministro de Portugal esteve no Brasil no domingo passado. Agora temos 90 dias para negociar o contrato”, afirmou o executivo ao Estado.

O valor do contrato ainda dependerá das configurações e equipamentos das aeronaves, mas a despeito das questões em aberto a Embraer pode obter acesso privilegiado de seu novo produto à maior aliança militar do mundo, a OTAN. “Isso é muito importante porque a entrada na Europa é muito importante. É uma vitrine para o mundo”, diz Souza e Silva. Se confirmada a venda a Portugal, ela se somará à encomenda já feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), que vai adquirir 28 unidades da aeronave – a primeira delas com previsão de entrega em meados de 2018.

A produção do KC-390 marca o retorno dos altos investimentos da Embraer no mercado militar. Nesse mercado, a empresa tem um best seller mundial, o avião de treinamento EMB 314 Super Tucano. Fabricante da série de aviões comerciais regionais com capacidades entre 70 e 130 assentos, que lhe garantem posição de liderança no mercado e o posto de terceira maior construtora do mundo, atrás de Boeing e Airbus, a companhia brasileira busca agora tomar uma posição no setor de aviação militar de transporte de carga e pessoal, reabastecimento, missões humanitárias e de buscas.

Esse mercado, hoje dominado pelo Hercules, é estimado pela Embraer em US$ 50 bilhões por ano, enquanto a demanda projetada para o KC-390 seria de US$ 1,5 bilhão.

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