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Caso Eloá: Nayara vai depor contra Lindemberg à Justiça

Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

Nayara Rodrigues, de 15 anos, vai depor quinta-feira à Justiça contra Lindemberg Alves, que a manteve refém por mais de cem horas em Santo André, no Grande ABC (SP), em outubro. Lindemberg, de 22 anos, é acusado de assassinar Eloá Pimentel, de 15, e de tentar matar Nayara no desfecho do mais longo caso de cárcere privado do Estado. O advogado de Nayara, Marcelo Augusto de Oliveira, confirmou a presença da menina à audiência, no Fórum de Santo André, como testemunha de acusação. A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, também afirmou que o cliente comparecerá ao Fórum. Não está definido, no entanto, se o jovem falará sobre o crime ou optará pelo silêncio. Ana Lúcia disse que conversará com Lindemberg na prisão um dia antes da audiência e considerará a fala das testemunhas ao juiz antes de tomar essa decisão. A advogada tem visitado o jovem no Presídio II de Tremembé, no interior do Estado, a cada 15 dias. Segundo Ana Lúcia, a mãe e os irmãos de Lindemberg também o têm visto, nos dias de visita. O acusado dos crimes será o último a depor ao juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri de Execuções Criminais de Santo André. Antes dele, vão falar cinco testemunhas de acusação e dez de defesa, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Entre as testemunhas de acusação, estão quatro vítimas - Nayara, os dois rapazes feitos reféns nas primeiras horas do cárcere, Iago Vilera e Vitor Lopes, e um policial que Lindemberg teria tentado atingir ao disparar uma arma da janela do apartamento. O acusado tem o direito de assistir aos depoimentos das testemunhas, desde que elas consintam. Lindemberg responde por homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e com impossibilidade de defesa da vítima -, tentativa de homicídio, cárcere privado contra menor e disparo de arma de fogo. Crime Eloá, Nayara, Iago e Vitor foram feitos reféns no apartamento em que morava Eloá em 13 de outubro. Os meninos foram liberados depois de nove horas. Nayara foi libertada após um dia de cárcere, mas voltou ao prédio com o consentimento da polícia e virou refém outra vez. No desfecho do caso, policiais invadiram o apartamento. Eloá levou um tiro na cabeça e morreu no hospital. Nayara foi atingida no rosto e na mão, mas sobreviveu.

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