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Casos de malária caem 45% com mosquiteiro

Tela impregnada com inseticida especial é usada há três meses em Rondônia, na região próxima à construção da Usina Hidrelétrica de Jirau

Por Ligia Formenti e BRASÍLIA
Atualização:

Uma arma simples e promissora no combate à malária começou a ser usada há três meses em Rondônia: a distribuição de mosquiteiros impregnados com um inseticida especial. Desde que o recurso foi adotado, o número de casos da doença caiu 45%. Em março, foram feitos 892 registros da doença; no mesmo mês de 2010 foram 1.598 infecções. A distribuição dos mosquiteiros faz parte de um plano de redução do impacto ambiental montado para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau. Até setembro, o consórcio deverá distribuir 10 mil peças, o suficiente para beneficiar 5 mil residências. A operação está sendo feita em quatro distritos de Porto Velho e outras quatro cidades próximas da obra. "O combate à malária é feito de diversas formas, mas o maior impacto, sem dúvida, vem da distribuição do mosquiteiro", afirma Antonio Luiz Abreu Jorge, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Energia Sustentável do Brasil, empresa encarregada do empreendimento. A preocupação com a malária se explica. Com a construção da hidrelétrica e a chegada de uma grande quantidade de trabalhadores na Região Norte, aumenta de maneira significativa o risco de a doença atingir patamares extremos. "Há uma mudança grande e isso pode causar também impacto sobre alguns fatores na área da saúde", afirma Jorge.No total, trabalham nas obras de Jirau cerca de 22 mil trabalhadores - alguns canteiros de grandes construtoras chegam a concentrar mais 10 mil trabalhadores. Para tentar reduzir o efeito da malária sobre essa concentração humana foram adotadas ações sanitárias especiais nas cidades próximas da construção e em Porto Velho, destino eventual tanto de operários quanto da população das cidades em torno da obra. PARA ENTENDERDrenagem de água ajudaA malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos que se espalha em regiões tropicais e subtropicais. Os sintomas são febre baixa e constante, dores de cabeça e musculares, calafrios e mal-estar. A transmissão pode ser reduzida com repelentes e redes contra mosquitos, inseticidas e drenagem de água parada.

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