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Catequista é assassinada e padre ferido à bala no Rio

Por PEDRO DANTAS
Atualização:

A contadora aposentada e professora de catecismo Vitória Lúcia Marques, de 55 anos, morreu ontem a 500 metros do prédio onde morava, em Botafogo, zona sul do Rio, onde foi metralhada. Lúcia estava com o padre Frank Franciscatto, de Palmeiras das Missões (RS), que foi baleado no braço esquerdo. Ela e padre Frank voltavam de uma missa na Igreja São Tomé, em Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense, e eram aguardados na festa de confraternização natalina da Paróquia de Santa Teresinha. Casada e sem filhos, Lúcia ensinava catecismo para crianças há 20 anos. "Ela tinha duas paixões. A igreja e o Botafogo", disse a irmã da vítima Vera Lúcia Marques de Araújo. Mesmo tendo tomado calmante e aos prantos, a mãe de Vitória Lúcia, Maria Amélia Marques de Araújo, de 77 anos, participou do rápido velório e do enterro. Preocupada com a saúde de Maria Amélia, a contadora aposentada e professora mudara-se para casa dela nos últimos meses, mas continuava casada, de acordo com parentes. A missa reuniu 200 pessoas entre alunos, ex-alunos, padres, familiares e fiéis da igreja. "O triste é que ela era uma pessoa festeira e alto astral. Ela achava que a violência não devia ser empecilho para que ela deixasse de fazer as coisas da igreja", revelou a secretária da paróquia onde ela dava aulas, Manoela Miranda, de 35 anos.

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