Ceará quer fazer dor uso de preservativos um 'hábito'

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Por LAURIBERTO BRAGA
Atualização:

A Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa) quer tornar o uso de preservativos (camisinhas) um hábito no Estado. Essa é a ideia com a instalação de displays em locais de grande fluxo de pacientes e acompanhantes, como nas recepções e áreas de ambulatórios de hospitais e unidades de saúde com serviços especializados em Aids. Os displays em acrílico, destaca a Secretaria através de notícia veiculada em seu site (www.saude.ce.gov.br), estarão "sempre cheios de preservativos e com arte moderna e colorida, o display avisa: retire a camisinha e proteja sua saúde". Os displays estão instalados também na sede da Secretaria, em Fortaleza. No ano passado, o Estado distribuiu 6,8 milhões de camisinhas, através das Coordenadorias Regionais de Saúde.Segundo as autoridades de Saúde, "a facilidade de acesso reforçada com o display é uma das diversas estratégias e ações que a Sesa adora, por meio do Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças e Agravos da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde, com o objetivo de mobilizar para a prevenção e ampliar o controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis".Outra ação é o aumento do acesso ao teste rápido de Aids e sífilis. Desde 8 de março deste ano a Sesa vem realizando os testes rápidos em locais públicos da capital. O teste rápido é feito a partir da coleta de sangue da ponta do dedo, informa a Sesa. O sangue é colocado em um dispositivo de teste e o resultado sai em 20 minutos. Se o resultado for negativo, o diagnóstico é fechado. Em caso de resultado positivo, é realizado outro teste para confirmação. O resultado do teste de triagem de sífilis o resultado sai ainda mais rápido, em 15 minutos.O primeiro caso de Aids no Ceará foi notificado em 1983. Até o final da década de 1980 apenas nove cidades cearenses registravam Aids. Hoje, 96% dos 184 municípios têm pelo menos um caso registrado. Nos outros 4% dos municípios onde não há registro de casos a recomendação da Sesa é que sejam implementadas as vigilâncias epidemiológicas.Dados ainda não oficiais apontam que em 2012 foram registrados 800 casos de Aids no Estado. Em 2011, foram 877 casos. Já em 2010 ficou em 812.

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