Cem dias de genocídio. Retratado em filme

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Por Redação
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O País que hoje investe em esportes já gastou milhares de dólares com instrumentos bélicos. Dividida desde a colonização, Ruanda viveu anos sob intensa guerra civil entre os grupos tribais hutus e tutsis. Tudo com apoio e envio de armas de países africanos e europeus. No dia 6 de abril de 1994, o então presidente Juvenal Habyarimana foi assassinado, dando início a um genocídio que durou cerca de 100 dias e motivou 10 anos depois a realização do revelador filme Hotel Ruanda. Os tutsis, em minoria, foram massacrados e cerca de 1 milhão de pessoas, assassinadas. O filme conta o drama dos ruandeses e relata a história verídica de Paul Rusesabagina, que conseguiu proteger mais de 1.200 tutsis no Hotel des Mille Collines, onde trabalhava como gerente.Antes da tragédia, que ficou conhecida como uma das mais violentas da história, o país já dava sinais de tensão diária. Após anos de privilégio político, os tutsis perderam o posto no poder para o hutus, em 1962, quando a Bélgica saiu de Ruanda, que se tornava uma nação independente. A rivalidade tribal só aumentou. O argumento que faltava veio 30 anos depois, porém de forma rápida e chocante. O líder de um grupo tutsis Paul Kagame (atual presidente) foi acusado de derrubar o avião onde Habyarimana sobrevoava o aeroporto da capital. Kagame negou, mas de nada adiantou. O conflito terminou em julho de 94, quando uma guerrilha tutsis, a Frente Patriótica Ruandesa, conseguiu expulsar os responsáveis pelo genocídio. Porém, até hoje o país sofre com a tragédia e tenta se reerguer dos destroços. A.P.G.

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