Cembranelli diz ter certeza que casal Nardoni irá a júri

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Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

O promotor do caso Isabella, Francisco Cembranelli, disse hoje ter certeza de que os acusados pelo crime, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, vão a júri popular. "Tenho absoluta certeza de que o casal vai a júri popular", afirmou, depois de acompanhar o depoimento de três testemunhas, no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Faltam ainda audiências com duas testemunhas de defesa. Os peritos contratados pela família Nardoni, George Sanguinetti e Delma Gama serão ouvidos até o final de agosto por carta precatória em Alagoas e Salvador. Depois disso, está encerrada a fase de instrução do processo e caberá à Promotoria e à defesa fazerem suas considerações finais. O juiz Maurício Fossen decidirá então se pronuncia ou não o casal, ou seja, se encaminha o caso a júri popular ou o arquiva. O advogado de Alexandre e Anna Carolina, Marco Polo Levorin, por sua vez, disse, depois dos depoimentos dessa tarde, estar otimista e acredita que o casal não será levado a júri popular. "Esperamos que o casal seja impronunciado. O processo está recheado de muitas provas que beneficiam a defesa", afirmou. Testemunha Uma das testemunhas ouvidas essa tarde, Jéferson Friche, morador do Residencial London, contou ao juiz sobre a conversa que teve com o irmão de 3 anos de Isabella, na noite da morte da menina. Questionado por Jéferson se um ladrão entrara em seu apartamento, o menino teria respondido que "não". Isso pode ir contra a versão da defesa do casal, de que uma pessoa teria invadido o apartamento e matado Isabella, mas não pareceu abalar os advogados dos Nardoni. "A criança pode não ter visto ninguém, assim como o casal também não viu", defendeu Levorin. "A testemunha só falou sobre questões que envolvem o imaginário de uma criança." Mesmo o promotor do caso, Cembranelli, atenuou o relato de Jéferson sobre a conversa com o menino. "São dados importantes, porque a criança estava no apartamento no momento em que tudo aconteceu, mas é prematuro tecer considerações sobre o que disse uma criança para uma testemunha que posteriormente reproduziu isso ao juiz."

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