CEO da Apple diz entender frustração de acionistas

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Por POORNIMA GU
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O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, reconheceu a ampla decepção com a derrocada no preço do papel da companhia, mas apresentou poucos detalhes sobre as misteriosas perspectivas para seu portfólio de produtos ou sobre um intenso debate a respeito de como melhor recompensar acionistas. A companhia de tecnologia de maior valor de mercado do mundo participou de reunião anual com acionistas em sua sede, nesta quarta-feira, numa posição mais instável do que está acostumada nos últimos anos. Um declínio no preço de suas ações deu força a exigências de Wall Street de que a empresa compartilhe uma fatia maior dos 137 bilhões de dólares que tem em caixa e títulos --equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Hungria e atualmente em crescimento--, um debate chefiado agora pelo gestor de hedge fund David Einhorn. Einhorn não foi visto na reunião nesta quarta-feira. Cook repetiu que o Conselho de Administração da companhia continua em discussões "muito muito ativas" sobre opções para compartilhamento de caixa, e disse que, assim como os investidores, está insatisfeito com o preço do papel. "E tampouco gosto disso. O Conselho não gosta. A equipe de gestão não gosta", disse Cook a investidores na sede da companhia. "O que estamos focados agora é o longo prazo. Isso tem sempre sido um segredo para a Apple", acrescentou. Ao focar-se no longo prazo, disse ele, a receita e o lucro acompanharão a estratégia. Cook acrescentou que a companhia está trabalhando em novas categorias de produtos mas, como de hábito, não elaborou sobre o assunto. Há forte especulação em Wall Street e no Vale do Silício de que a fabricante do iPhone está trabalhando em um projeto para revolucionar a televisão e o conteúdo de TV, e talvez até um relógio inteligente. O papel da Apple tinha queda de 0,6 por cento para 446,1 dólares às 17h55, no horário de Brasília. A ação acumula baixa de mais de 35 por cento em relação a seu pico em setembro.

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