Charter levará proposta rejeitada por Warner Cable a investidores

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Por Redação
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A Charter Communications formalizou na segunda-feira uma oferta para adquirir a rival Time Warner Cable por 37,3 bilhões de dólares, provocando o que deve ser uma batalha controversa pelo controle da segunda maior operadora de TV a cabo dos Estados Unidos. A Charter, quarta maior operadora do mercado, propôs pagar 132,50 dólares por ação da Time Warner Cable, pouco acima do preço de fechamento do papel na segunda-feira, com cerca de 83 dólares em dinheiro e o restante em ações. A oferta é o sinal mais ousado da crença do bilionário do setor e negociador John Malone de que novos administradores poderiam fazer um trabalho melhor na gestão da empresa, que ficou para trás por não investir o suficiente na aquisição de concorrentes e na mudança para a tecnologia digital. O Liberty Media Corp, de Malone, detém 27 por cento da Charter. Incluindo dívida, o negócio vale 62,35 bilhões de dólares. Acionistas da Time Warner Cable teriam a propriedade de 45 por cento da empresa resultante. A proposta foi a terceira tentativa da Charter de comprar a empresa, de acordo com executivos, e depois de algumas horas após seu envio, o conselho da Time Warner Cable a rejeitou, considerando-a "grosseiramente inadequada". "Em essência, esses caras estão tentando apenas obter um ativo superior por uma pechincha", disse o presidente-executivo da Time Warner Cable, Rob Marcus, em entrevista. "Isso torna o trabalho de recusar a proposta bastante simples. Nossos acionistas vão vê-la como ela é, uma tentativa de roubar a empresa", afirmou. Marcus, que assumiu o posto no dia 1o de janeiro, disse que o Conselho afirmou à Charter que estava aberto a um preço de 160 dólares por ação, sendo 100 dólares em dinheiro e 60 dólares em ações da Charter. A Charter agora pretende levar o negócio diretamente aos acionistas da Time Warner Cable, disse o presidente-executivo da Charter, Tom Rutledge, em uma entrevista. Rutledge, que passou 23 anos na Time Warner Cable no início de sua carreira, disse à Reuters que poderia dirigir a empresa melhor e pontuou a perda da Time Warner Cable de mais de 500.000 assinantes de vídeo nos últimos dois trimestres. (Por Liana B. Baker e Nicola Leske)

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