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China nega envolvimento com calote em leilão de estátuas

Artefatos chineses do século 18 foram arrematadas por falso comprador, que alegou 'patriotismo'.

Por BBC Brasil
Atualização:

O governo da China negou nesta sexta-feira envolvimento com o lance dado em um leilão de artes em Paris para duas estatuetas de bronze chinesas do século 18. As peças - uma cabeça de coelho e uma cabeça de rato - pertenciam à coleção particular do estilista francês Yves Saint-Laurent e de seu companheiro, o empresário Pierre Bergé. As estátuas foram leiloadas em fevereiro, em Paris, por 15,7 milhões de euros (cerca de R$ 47 milhões) cada uma. O comprador, Cai Mingchao, se recusou a pagar e alegou que estava realizando um "ato de patriotismo". O chinês afirmou que pretendia "destacar que este dinheiro não deve ser pago". O governo da China vinha pedindo a restituição das peças, que foram saqueadas do Palácio de Verão, em Pequim, em 1860, por soldados britânicos e franceses, no final da Segunda Guerra do Ópio. A agência de notícias oficial Xinhua citou uma autoridade do governo chinês que descreveu os atos de Cai Mingchao como uma iniciativa pessoal. "A Administração Estatal do Patrimônio Cultural não tem nada a ver com isso", disse o chefe do Departamento de Cultura, Shan Jixiang. O representante chinês afirmou que seu departamento não sabia a identidade do comprador até que Cai Mingchao, conselheiro do Fundo para Tesouros Nacionais da China, que tenta recuperar patrimônio saqueado, se revelou. A China tentou impedir o leilão e, depois, ameaçou a casa de leilões Christie's no país por ter realizado a venda. A Christie's, por sua vez, afirmou que o leilão foi legal e conta com o apoio da Justiça francesa. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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