11 de julho de 2012 | 16h14
O país asiático diz que está cortando exportações para corrigir um dano ambiental de décadas, mas também destaca que preferiria ser o maior consumidor dos metais em vez de o maior produtor.
O apetite da China está crescendo rápido com o país procurando manter seu domínio sobre o grupo de 17 elementos utilizados em novas tecnologias, como smartphones e carros híbridos.
Um esforço acertado para construir toda uma cadeia industrial do material de terras-raras significa que a China, que produz mais de 90 por cento das reservas mundiais de terras-raras, é agora consumidora de 65 por cento da produção, ante um percentual de 25 por cento de uma década atrás.
"Em 2014 ou 2015, a China provavelmente vai estar em uma situação líquida de importação para determinadas terras-raras", disse o diretor-executivo da Molycorp, que este ano adquiriu a companhia baseada na China Neo Material Technologies.
O United States Geological Survey diz que a China tem cerca de metade das reservas mundiais de terras-raras, com 55 milhões de toneladas, enquanto a Rússia possui 19 milhões de toneladas e os Estados Unidos, 13 milhões de toneladas. A China diz que o número já chega a um quarto e que produzir 90 por cento das necessidades mundiais é insustentável.
O consumo interno vai crescer pelo menos 10 por cento ao ano nos próximos anos, disse Li Zhong, vice-presidente da maior mineradora da China, Baotou Rare Earth.
As políticas de Pequim já elevaram os preços, para persuadir países como os Estados Unidos, Canadá e Índia, a retomar a produção depois de fechamento de minas décadas atrás.
O Brasil também retomou a produção de terras-raras, com algumas empresas como a Vale avançando em pesquisas e a CBMM iniciando a produção.
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