China pune responsáveis por desastre ecológico em rio

Explosão em indústria química, ocorrida em 2005, deixou milhões sem água

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Por Agencia Estado
Atualização:

Autoridades responsáveis pela proteção do meio ambiente e altos executivos de uma estatal do setor de petróleo foram punidos pelo derramamento de material tóxico em um rio, incidente que deixou milhões sem fornecimento de água na Rússia e na China, informa a mídia estatal chinesa. O acidente, um dos piores vazamentos tóxicos da China, ocorreu em 2005, quando uma indústria química despejou toneladas de benzeno e outros produtos químicos nocivos no Rio Songhua, forçando autoridades a cortar a água corrente de milhões de moradores da região. A agência de notícias Xinhua informa que o Conselho de Estado, o gabinete de governo chinês, emitiu "punições administrativas" contra altos executivos da estatal China National Petroleum Corp. e sua subsidiária PetroChina Company Limited. "Punição administrativa" geralmente significa advertência, rebaixamento ou demissão. Uma investigação do Conselho de Estado descobriu que a explosão de 13 de novembro de 2005, que causou o vazamento, foi provocada por negligência e descumprimento de normas de operação, de acordo com o informe da Xinhua . A explosão matou oito pessoas e feriu 60, além de forçar as autoridades a cortar a água de 3,8 milhões de moradores da cidade de Harbin por cinco dias. O caso também pôs tensão nas relações entre China e Rússia, já que o Songhua alimenta rios que abastecem uma cidade russa. Desastre ecológico No dia 13 de novembro de 2005, uma explosão em uma indústria química na cidade de Jilin, noroeste da China, derramou 100 toneladas de benzeno no rio Songhua. Em poucos dias a mancha de benzeno - solvente considerado cancerígeno - passou por Harbin, em direção à fronteira com a Rússia. O governo foi obrigado a suspender o fornecimento de água. A contaminação no rio Songhua passou para o rio Amur e provocou um alerta em Khabarovsk, na Rússia. A população, em pânico, foi forçada a correr para os mercados em busca de água engarrafada. Outros moradores preferiram deixar a região afetada pela contaminação, e lotaram os aeroportos. A catástrofe forçou o governo chinês a emitir pedidos de desculpas, à população chinesa e também à Rússia, pelo vazamento. No início de dezembro, Yu Li, gerente-geral da Companhia Petroquímica Jilin, onde ocorreu o acidente, foi considerado responsável pelo vazamento e demitido, juntamente com outros dois funcionários da empresa. (com CDI - Centro de Documentação e Informação - Grupo Estado)

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