PUBLICIDADE

Chuva em SC interrompe obra de reparo do gasoduto Brasil-Bolívia

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As chuvas que continuam a cair no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, levaram à interrupção nesta segunda-feira das obras de reparo do gasoduto Brasil-Bolívia no Estado, informaram a empresa responsável pela administração do gasoduto e a Defesa Civil. Os trabalhadores da Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) realizavam obras de reparo na região de Belchior, no município catarinense de Gaspar. "Trata-se de uma área de risco, pois estão ocorrendo muitos deslizamentos naquela região", disse à Reuters o subtenente do Corpo dos Bombeiros Edemilson Irineu Correa, chefe de Operações da Defesa Civil de Santa Catarina. Segundo a TBG, as equipes foram obrigadas a deixar o local. "Elas encontram-se de prontidão para, assim que a Defesa Civil liberar a área, retomar as obras imediatamente", informou a empresa. Após caírem insistentemente durante três meses e se intensificarem há pouco mais de uma semana, as chuvas em Santa Catarina levaram ao rompimento de um duto de gás em Gaspar no domingo, dia 23 de novembro. Isso levou os setores metal-mecânico e têxtil do Estado a interromper suas atividades. Na semana passada, a Bolívia anunciou ter quadruplicado para 6 milhões de metros cúbicos diários o fornecimento de gás à Argentina, por conta do inesperado corte de fornecimento ao Brasil. A TBG havia previsto anteriormente que as obras de reparo seriam concluídas em 15 de dezembro. Segundo a empresa, suas equipes vinham trabalhando "24 horas por dia" para cumprir esse objetivo. A empresa não deu um novo prazo para a conclusão dos trabalhos. "Até a interrupção dos serviços toda a preparação do terreno já estava concluída e três tubos perfilados, prontos para iniciar a soldagem. Os tubos restantes na base de Blumenau estão preparados para serem transportados por helicóptero, logo que a área for liberada", disse a TBG. Até o momento, 116 pessoas morreram e 31 estão desaparecidas na pior tragédia ambiental de Santa Catarina. (Por Fabio Murakawa)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.