Ciclista atropelado na Paulista implanta braço biônico em Sorocaba

Equipamento, com tecnologia avançada, vai permitir que Sousa, de 21 anos, volte a desenhar e andar de bicicleta

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Por José Maria Tomazela
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SOROCABA - O ciclista David Santos Sousa, de 21 anos, que perdeu o braço ao ser atropelado na Avenida Paulista, na capital, no dia 10 de março, iniciou nesta sexta-feira, 24, o processo de implante de braço e mão biônicos, em Sorocaba, a 92 km de São Paulo. O equipamento, com tecnologia avançada, vai permitir que Sousa volte a desenhar e andar de bicicleta. De acordo com o empresário Nelson Nolé, dono da clínica que doou a prótese, a mão biônica é dotada de 14 movimentos comandados por impulsos cerebrais. "Ele poderá segurar uma taça de cristal ou apanhar uma moeda sobre a mesa", descreveu.O ciclista esteve na clínica de Sorocaba na companhia da mãe, Antônia Ferreira dos Santos, de 51 anos. O processo de adaptação à prótese deve levar de 15 a 20 dias. Otimista, disse que espera voltar a pedalar e pintar um quadro. Os sensores serão instalados na parte que sobrou do braço direito, quase na altura do ombro. Os comandos cerebrais são enviados para pequenos motores que movimentam os dedos. A prótese funciona com uma bateria recarregável, com autonomia para 18 horas. Sousa passou por tratamento preliminar na Universidade de São Paulo (USP) para a reabilitação.A prótese foi prometida por Nolé logo após o acidente em que Souza teve o braço arrancado. O equipamento é o de maior tecnologia disponível. Se a prótese e o tratamento tivessem de ser pagos, o valor passaria de R$ 200 mil, segundo o empresário. O acidente aconteceu na madrugada de um domingo. Souza seguia de bicicleta para o trabalho quando foi atingido por um carro dirigido pelo estudante de psicologia Alex Siwek, de 21 anos. O atropelador fugiu do local do acidente, mas o braço do ciclista ficou preso no carro. O motorista então o atirou em um córrego, o que impossibilitou o reimplante.

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