Ciclone se afasta, mas inundações ainda ameaçam RS

A prefeitura de Porto Alegre teve de improvisar abrigo para 150 famílias em escolas e ginásios

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Por Elder Ogliari
Atualização:

O ciclone extratropical que provocou temporais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina se afastou da costa nesta terça-feira, 6, mas seus efeitos ainda ameaçam os moradores dos cursos baixos dos rios Gravataí e dos Sinos. O grande volume de água da chuva de sábado, nas cabeceiras, desceu para os vales e pode provocar inundações em cidades como Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo e Canoas. Isso já ocorreu na noite de ontem em Taquara, onde o Rio dos Sinos subiu e alagou 230 casas. A prefeitura teve de improvisar abrigo para 150 famílias em escolas e ginásios. Ao amanhecer, a água já estava baixando e a maioria dos desabrigados se preparava para voltar para suas residências. O dia está ensolarado e frio. A Polícia Rodoviária Federal mantém a BR-101 interditada entre Osório e Torres. A rodovia não tem mais trechos inundados no Rio Grande do Sul e pode ser liberada à tarde se uma vistoria constatar que não ficaram buracos nas pistas. Em Araranguá, no lado catarinense, a água permanece sobre a rodovia e uma fila de caminhões, com cinco quilômetros de extensão, espera a reabertura do tráfego para passar. Cerca de 4 mil consumidores ainda estão sem energia elétrica na Região Metropolitana de Porto Alegre e no litoral norte do Rio Grande do Sul. As equipes da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) seguem trabalhando para restabelecer todas as ligações durante o dia. No sábado, durante o temporal, faltou energia em 275 mil residências do Estado.

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