Cientista defende no STF pesquisas com células-tronco

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Por Felipe Recondo
Atualização:

A uma semana do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre pesquisas com células-tronco, a diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), Mayana Zatz, encontrou-se hoje com os ministros Ricardo Lewandowski e Eros Grau para defender a posição dos cientistas. "Estamos comparando células com vidas humanas", disse. "Se as pesquisas não forem aprovadas, será um retrocesso enorme para a Ciência. Será um retrocesso para a Ciência sem benefício para os embriões, porque para eles não existe chance de vida, porque não existe um útero para eles." Na terça-feira, o alvo foi o ministro Carlos Alberto Direito, apontado pelos colegas e advogados como principal crítico da permissão das pesquisas com células-tronco embrionárias no STF. Do outro lado, o lobby da Igreja Católica é menos evidente, mas feito entre todos os ministros. Na semana passada, todos eles receberam um calhamaço de documentos, encaminhado pelos advogados que representam a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nos papéis, resultados de sucesso de pelo menos 20 estudos feitos por cientistas com células-tronco adultas. Dados que, de acordo com os advogados, tornariam desnecessárias as pesquisas com células-tronco embrionárias. O julgamento está marcado para quarta-feira. Os ministros decidirão se a Lei de Biossegurança, que permite as pesquisas, é constitucional ou não.

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