Cientistas conseguem transformar células da pele em tecido cardíaco

Experiência pode representar avanço no tratamento de doenças do coração

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Por BBC Brasil
Atualização:

Cientistas afirmam ter conseguido transformar, em laboratório, células da própria pele de pacientes em tecido de coração. Em última análise, eles esperam que células-tronco possam ser utilizados para tratar pacientes com insuficiência cardíaca. Como as células transplantadas são do paciente, o problema da rejeição de tecidos seria evitado, disseram os cientistas ao European Heart Journal. Os primeiros testes em animais mostraram-se promissores, mas o tratamento ainda está a anos de ser usado em pessoas. Especialistas têm usado cada vez mais células-tronco para tratar uma variedade de problemas cardíacos e outras condições como a diabetes, doença de Parkinson ou Mal de Alzheimer. As células-tronco são importantes porque têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células, e os cientistas estão trabalhando para levá-las a reparar ou regenerar órgãos danificados ou tecidos.

 

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 'Nova e emocionante'

 No mais recente estudo, uma equipe de Israel usou células da pele de dois homens com insuficiência cardíaca e as misturou, em laboratório, a um coquetel de genes e produtos químicos. As células-tronco que eles criaram eram idênticas às células musculares saudáveis do coração. Quando estas células foram transplantadas para um rato, eles começaram a fazer ligações com o tecido do coração no entorno. O professor pesquisador Lior Gepstein, disse: "O que é novo e instigante nessa pesquisa é que mostramos que é possível retirar células da pele de um paciente idoso com insuficiência cardíaca avançada e chegar a uma amostra de laboratório de células saudáveis e jovens - em estágio equivalente ao das células do coração quando o paciente nasceu". Os pesquisadores dizem que mais estudos são necessários antes que possam começar os testes em seres humanos. Dr. Mike Knapton, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Esta é uma área muito promissora de estudo. No entanto, ainda temos um caminho a percorrer antes que essas descobertas possam ser aplicadas."

 

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