Cientistas querem voluntários para classificar galáxias

Astrônomos dizem que, até agora, programas de computador têm sido ineficazes para classificar os grandes aglomerados de estrelas quanto à forma e rotação

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Astrônomos querem que os usuários da internet ajudem a organizar um álbum de fotografias incomum: imagens de cerca de 1 milhão de galáxias. Em nota divulgada online nesta quarta-feira, pesquisadores pediram voluntários para ajudar a classificar galáxias, identificando-as como elípticas ou espirais e tomando nota, se possível, da direção em que giram. Este seria o maior censo galáctico já compilado, algo que poderia oferecer novas idéias sobre a estrutura do universo. "Estamos da era de ouro da astronomia", disse Bob Nichol, astrônomo da Universidade de Portsmouth, no sul da Inglaterra, que ajudou a desenvolver o website Galaxy Zoo, onde as fotos são publicadas. "Temos mais dados do que conseguimos assimilar, e precisamos de ajuda". Astrônomos dizem que, até o momento, programas de computador têm sido ineficazes para classificar as galáxias. Sem voluntários, cientistas precisariam de anos para analisar as fotografias, que são tiradas automaticamente por uma câmera montada em um telescópio do Novo México (EUA). Com entre 10.000 e 20.000 voluntários, o trabalho estará concluído em um mês. Voluntários podem se inscrever pelo website, fazer um pequeno treinamento e passar a olhar uma galáxia depois da outra. Cada galáxia será avaliada por diversas pessoas, para reduzir os erros, e cientistas serão chamados para determinar o formato e a rotação de galáxias cujas características mostrem-se polêmicas para os voluntários. O catálogo ajudará os astrônomos a entender como galáxias interagem e como se formam, disse Nichol. Se a classificação mostrar que galáxias próximas entre si giram na mesma direção, exemplifica, isso pode sugerir que nasceram ao mesmo tempo, a partir de uma fonte comum, o que seria um desafio para a teoria mais popular, atualmente, sobre a origem desses objetos.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.