PUBLICIDADE

Cliente tenta passar cheque falso e é preso em SP

Por Pedro da Rocha
Atualização:

Em companhia de um homem e de um travesti, Marcelo Estrella de Assis, de 43 anos, falso cineasta e jornalista, pediu, na noite de ontem, champanhe, vinho, entrada, prato principal e sobremesa no Restaurante Ecco, no número 244 da Rua Amauri, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Quis dar um cheque falsificado para pagar a conta de R$ 918, mas o gerente do estabelecimento não aceitou. A Polícia Militar (PM) foi acionada e Marcelo, que já possui passagem por estelionatário, acabou preso.Por volta das 22 horas, Marcelo, vestindo um colete de fotógrafo, em companhia do travesti e em uma moto Honda Lead 110 preta, chegou ao restaurante, que tem entre os sócios o apresentador Luciano Huck e os irmãos Pedro Paulo Diniz e João Paulo Diniz.Sentaram-se e pediram uma champanhe e duas águas, alegando que esperavam uma terceira pessoa. Quando outro homem sentou à mesa, dois vinhos franceses foram pedidos. Além da comida, beberam mais três doses de whisky e outras três de licor. Aos garçons, o estelionatário afirmou que o travesti era uma estrela de cinema e ele um cineasta.Funcionários do restaurante reconheceram Marcelo como o cliente que passara um cheque sem fundo há cerca de um ano no mesmo estabelecimento, motivo pelo qual o cheque - em nome de outra pessoa, o mesmo de um R.G falso apresentado por Marcelo - não foi aceito. Ele ofereceu ainda a moto como pagamento, oferta recusada pelo gerente do estabelecimento. Como afirmou não ter outra forma de pagamento, o gerente disse que chamaria a polícia. Marcelo falou aos companheiros para irem embora, que resolveria o problema sozinho.Aos PMs, o estelionatário ainda apresentou uma carteira falsa de jornalista da Associação de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro e outra como jornalista do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.No 14º Distrito Policial (DP), para onde Marcelo foi levado, descobriu-se que ele possui passagem por estelionato. Com o detido foram apreendidos diversos cartões com o nome falso, além de sua carteira de trabalho verdadeira. Ele indicou o nome do homem que falsificou os documentos, e os policiais civis do 14º DP darão procedimento às investigações. Marcelo será indiciado por estelionato e uso de documento falso, com penas que podem chegar a 10 anos de prisão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.