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Clínica não desligará aparelhos de italiana em estado vegetativo

'Cidade de Udine' justifica sua decisão pela 'confusão que se criou entre as normas administrativas'

Por Efe
Atualização:

A direção da clínica "Cidade de Udine", no norte da Itália, anunciou nesta sexta-feira, 16, que não desligará os aparelhos que mantém viva Eluana Englaro, uma mulher de 38 anos em estado vegetativo desde 1992, após receber o veto do Governo a uma sentença do Tribunal Supremo que o autorizava.   Veja também: Autoridade regional retira apoio à eutanásia de italiana Clínica condiciona eutanásia de italiana a apoio das autoridades Clínica italiana continua disposta a realizar eutanásia de Eluana Ministério da Saúde italiano proíbe eutanásia de Eluana Englaro Italiana em coma pode ser transferida para realizar eutanásia Líder de Toscana pede que clínicas façam eutanásia de Eluana Hospitais se negam a fazer eutanásia autorizada na Itália Eutanásia de mulher que vegeta há 17 anos divide Itália   Em uma nota, a clínica anunciou que mudou sua decisão inicial após estudar as possíveis consequências que poderia sofrer caso desobedecesse a circular do Ministério da Saúde italiano que proibiu todos os centros médicos, tanto públicos quanto privados, de interromperem a alimentação de pacientes em estado vegetativo.   A clínica "Cidade de Udine" justifica sua decisão pela "confusão que se criou entre as normas administrativas e a possível superposição de competências entre Estado e Regiões".   Acrescentou que suas análises a "fizeram considerar provável que, caso realizasse o protocolo previsto para Eluana, o Ministério da Saúde poderia adotar medidas que poriam em perigo a atividade do centro, e o trabalho de 300 pessoas".   Giuseppe Englaro, pai de Eluana, que lutou por dez anos para que a Justiça lhe concedesse o direito de desligar os aparelhos de sua filha, terá que buscar um novo centro médico disposto a retirar a sonda.   Ele e a advogada da família, França Alessio, expressaram em uma nota que "respeitavam a decisão da clínica após a circular do Ministério".

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