PALANQUES
Apesar do discurso de unidade, a nova chapa do PSB terá um trabalho árduo pela frente nas próximas semanas para manter os militantes mobilizados após a morte de Campos, que era o centro dessa aliança que abriga partidos de pouca expressão, como PHS, PPL, PSL e PRP, e um grupo grande de seguidores de Marina, que já anunciaram que mesmo Marina sendo eleita presidente manterão o projeto de criar seu partido, o Rede Sustentabilidade, para onde ela também migraria.
Nesse caminho também há os palanques estaduais, muitos deles criados à revelia de Marina e que ela continuará não integrando.
A candidata afirmou que em palanques como o de São Paulo, onde o PSB apoia o PSDB, o representante do partido será Albuquerque e ela se preservará de participar e pedir votos para esses candidatos.
O presidente da legenda, Roberto Amaral, também minimizou possíveis problemas com os pequenos partidos da coligação e disse que não recebeu reclamações.
"Eu não poderia abrir consultas aos partidos aliados antes que o PSB tomasse a decisão pela nova chapa", argumentou. Ele fará uma reunião na quinta-feira com os partidos da aliança para formalizar a decisão dos socialistas e espera não ter surpresas.
PONTAPÉ INICIAL
Ainda juntando os cacos após a perda de Campos, o PSB agendou para o próximo sábado o pontapé inicial da campanha num grande ato político com caminhada e comício em Recife, base política do presidenciável morto.
O programa de governo, que servirá para impulsionar a campanha e que já estava aprovado por Marina e Eduardo, deve ser lançado no começo de setembro, segundo o coordenador do texto, Maurício Rands. O PSB queria lançá-lo antes, mas a agenda de debates e gravações de programa impediram uma data mais próxima.