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Com volume fraco, dólar cai 0,21% e fecha semana quase estável

Por DANIELLE FONSECA
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O dólar encerrou em leve queda ante o real pela terceira sessão seguida nesta sexta-feira, em mais uma semana marcada por um fraco volume de negócios e pouca volatilidade. Colaboraram ainda para essa trajetória dados um pouco melhores nos Estados Unidos e a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) agirá em breve para impedir um agravamento da crise da zona do euro. O dólar fechou em queda de 0,21 por cento, a 2,0146 reais na venda. A divisa norte-americana encerrou na mínima da sessão, enquanto a máxima foi de 2,0240 reais. Na semana, o dólar ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,04 por cento. "O dólar está muito engessado, sem muita alta ou muita queda, por conta do receio de atuação do Banco Central. Há uma falta de negócios e de ânimo do mercado", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O gerente de câmbio fez referência à banda informal entre 2 e 2,10 reais que se consolidou após declarações de autoridades do governo e das últimas atuações do BC. Galhardo afirmou que a moeda norte-americana tem acompanhado o cenário externo, onde as oscilações também têm sido modestas. Nesta sexta-feira, ele destacou ainda o reflexo dos dados divulgados nos Estados Unidos, que mostram um pouco de melhora da economia. "Apesar de pequena, essa melhora dos indicadores libera um pouco os investidores para operações de risco e moedas de emergentes", completou. Entre esses dados, foi reportado que a confiança do consumidor norte-americano melhorou no início de agosto e atingiu o maior nível em três meses, para 73,6, ante 72,3 no mês passado, superando as expectativas de economistas de uma ligeira alta para 72,4. Os indicadores antecendentes dos EUA, por sua vez, subiram em julho, embora a leitura ainda tenha apontado para um crescimento lento à frente. A alta foi de 0,4 por cento, para 95,8, após um declínio de 0,4 por cento em junho. Já na Europa, persiste a expectativa de que o BCE possa comprar títulos de Espanha e Itália, o que ajudaria a impedir uma piora da crise na região. "(Essa expectativa de estímulos) ainda continua tanto na Europa quanto nos EUA. Por isso, os investidores operam também com um pouco de cautela", acrescentou o gerente de câmbio Galhardo. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Frederico Rosas)

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