Comerciante faz ex-mulher e filha reféns por sete horas na zona norte de SP

Durante a negociação, Elias deu um tiro em direção à polícia, que afirmou ter sido acidental, e atingiu a ex-mulher na mão; segundo um primo, ele ficou desnorteado após a separação

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Por Redação
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SÃO PAULO - Um comerciante armado fez sua ex-mulher, sua filha adolescente e o namorado dela reféns por sete horas nesta quarta-feira, 3, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. Após longa negociação com policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Elias Vitória dos Santos, de 38 anos, se rendeu e libertou as três vítimas. Antes, ele baleou sua ex-mulher, Andréia Estevam, 36, na mão direita.

 

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O casal se separou há cerca de um ano, após 17 anos juntos, e Elias vinha insistindo em retomar a união. Ele ia frequentemente à casa onde moram a ex-mulher e a filha, de 15 anos, na Rua Dona Rosa Iório, nº 389, mas a conversa sempre terminava em briga. Segundo vizinhos, Elias era ciumento e possessivo e, desde o divórcio, sofria de alcoolismo. Andréia, por outro lado, passou a frequentar uma academia de musculação e parecia feliz, segundo Luis Fernando Martins, que mora na mesma rua.

 

Na noite de terça-feira, 2, por volta das 20 horas, armado com um revólver calibre 38, Elias entrou na casa, discutiu com Andréia e iniciou o cárcere privado. A polícia enviou equipes de elite ao local e começou a negociar com o comerciante, que foi colocado sob a mira de atiradores. Durante a negociação, Elias deu um tiro em direção à polícia - que afirmou ter sido "acidental" - pediu bebidas alcoólicas e meios para fuga e chegou a dizer que cometeria suicídio, segundo o major Soares, comandante do GATE.

 

O primeiro a ser libertado, por volta das 2 horas da madrugada, foi o namorado da filha, um adolescente de 17 anos. Uma hora depois, Elias liberou sua filha, entregou seu revólver calibre 38 e se rendeu. Sua ex-mulher continuou sentada no sofá da sala, com um pano amarrado na mão baleada e em estado de choque. Ela foi levada pelos bombeiros a um hospital da região.

 

Gil Santos, primo de Elias, disse que seu parente era "calmo e trabalhador", mas ficou desnorteado após a separação. O comerciante foi preso e levado para o 72º DP (Vila Penteado).

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