PUBLICIDADE

Confiança do consumidor aumenta; do empresário fica estável

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A confiança do consumidor brasileiro aumentou em setembro, alcançando o maior patamar em cinco anos, enquanto a dos empresários da indústria manteve-se praticamente estável mas em nível considerado positivo, segundo dados desta quarta-feira. O Índice de Confiança do Consumidor medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 0,7 por cento sobre agosto, para 121,7 pontos, com ajuste sazonal. "O resultado favorável tem a ver com o ambiente econômico em geral, influenciado principalmente pelo mercado de trabalho. As avaliações sobre as oportunidades de emprego são muito favoráveis", disse à Reuters o economista da FGV Aloisio Campelo. "O consumidor ainda está terminando a fase de ajustes devido à antecipação de consumo com o IPI reduzido. A inadimplência já caiu e nos próximos meses deve haver uma retomada das compras." O componente de situação atual subiu 3,5 por cento, para 140,8 pontos em setembro, o maior da série histórica. O de expectativas, por outro lado, caiu 1,1 por cento, a 111,6 pontos. Em relação ao futuro, caiu o indicador de otimismo sobre a situação econômica local, em 2,1 por cento. "As expectativas ainda são otimistas, apesar da queda de setembro... É um abrandamento, mas um cenário otimista ainda para os próximos seis meses", ponderou. A pesquisa foi feita com mais de 2 mil domicílios das sete principais capitais do Brasil, de 31 de agosto a 17 de setembro. Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu a 63,4 pontos em setembro, ante 64 em agosto. Apesar da queda, a CNI avaliou que o índice ainda demonstra confiança dos empresários e está acima da média histórica, de 59,5 pontos. "O otimismo elevado sinaliza que os industriais continuarão investindo em suas empresas, comprando matéria-prima e contratando mão de obra. Ninguém está esperando uma paralisação desse crescimento", apontou o gerente-executivo da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. A pesquisa, feita entre 31 de agosto e 21 de setembro, ouviu 2.038 empresas. (Com reportagem de Vanessa Stelzer e Rodrigo Viga Gaier)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.