Confiança do consumidor é a maior desde julho de 2011--FGV

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Por Redação
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas avançou 2,8 por cento em março na comparação com fevereiro, ao passar de 119,4 para 122,7 pontos, informou a FGV nesta segunda-feira. Este é o maior nível desde julho de 2011, quando o índice havia atingido 124,4 pontos. "O que mais contribuiu para esse bom resultado foi a intenção de compra de bens duráveis. Essa era uma variável que estava freando e segurando confiança do consumidor. Agora a conjuntura está mais favorável para um otimismo mais sustentável dos consumidores", disse a economista da FGV Viviane Seda Bittencourt. A intenção de compra de bens duráveis cresceu 10 por cento, pra 87,8 pontos, a maior variação percentual desde dezembro de 2007, quando o momento era de forte aquecimento econômico no país. A FGV mostrou ainda que a parcela dos consumidores que pretende gastar menos diminuiu de 38,0 para 26,0 por cento. As famílias de menor renda são as mais otimistas a voltar às compras. O índice de confiança nessa faixa de até 2.100 reais por mês avançou 4,8 por cento e atingiu o maior nível da série iniciada em setembro de 2005, ao passo que para as famílias com renda acima de 9.600 reais cresceu apenas 0,3 por cento. "Essas famílias passaram por um período de arrumação financeira e, agora, estão mais confortáveis", declarou a economista da FGV, ressaltando ainda que o índice de intenção de compras na faixa mais baixa cresceu 25,2 por cento e na faixa mais alta 4,7 por cento. De acordo com a FGV, houve melhora tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 por cento, passando de 140,5 para 142,7 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 3,6 por cento, de 108,3 para 112,2 pontos. Pelo segundo mês consecutivo, o indicador que mede a satisfação com a situação econômica local avançou. Com a alta de 4,5 por cento o índice alcançou o nível mais alto desde março de 2011, quando havia chegado a 117,4 pontos. Entre fevereiro e março, a proporção de consumidores que avaliam a situação como boa aumentou de 24,4 por cento para 29,8 por cento; e a dos que a julgam ruim subiu em menor proporção, de 17,0 por cento para 17,6 por cento. (Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier)

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