Contar fatos do fim para o início revela mentiras, diz estudo

Pesquisador apontou que é mais difícil contar a história do fim para o começo, <br>o que causaria uma pressão no suspeito, que ao cometer erros, se entregaria

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Por Redação
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Pedir a um suspeito de um crime que conte uma seqüência de eventos do fim para o começo pode ser a forma mais eficaz de a polícia identificar se ele está mentindo, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. O estudo foi realizado ao longo de três anos, período no qual os pesquisadores pediram a 290 policiais que examinassem as entrevistas de 255 estudantes que deram detalhes falsos ou verdadeiros em suas respostas. A conclusão foi que havia menor probabilidade de os policiais identificarem os mentirosos usando os métodos tradicionais do que com o método da história com a cronologia invertida. Segundo Aldert Vrij, professor de Psicologia Social e coordenador da pesquisa, é mais difícil contar uma história do fim para o começo, e isso colocaria uma pressão psicológica adicional sobre o suspeito, que poderia cometer erros. Cooperação Vrij espera que a pesquisa possa ajudar a polícia a desenvolver novas práticas em interrogatórios. Normalmente, os detetives costumam observar a linguagem corporal dos suspeitos para avaliar se ele está mentindo - eles notam, por exemplo, se a pessoa fica se acomodando na cadeira com freqüência ou se evita olhar diretamente nos olhos do interrogador -, mas isso nem sempre funciona, segundo o pesquisador. As evidências também sugeriram que mentirosos temem que não se acredite neles, então se mostram muito cooperativos, para tentar dar uma boa impressão, afirmou Vrij. Segundo ele, na Grã-Bretanha, no momento a técnica de contar histórias do fim para o começo só é adotada em entrevistas com testemunhas.

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