Contra lotação, Mackenzie terá novo prédio para curso de Direito

Nova unidade ficará próximo à futura Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 4-Amarela do Metrô

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Por Carlos Lordelo e Juliana Deodoro
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A Universidade Presbiteriana Mackenzie promete iniciar ainda neste semestre a construção de um novo prédio para a Faculdade de Direito em São Paulo. Hoje os alunos têm aulas em três edifícios do câmpus de Higienópolis, na região central, e alguns reclamam da falta de infraestrutura e do inchaço das turmas."As instalações não comportam mais a demanda de alunos", reconhece o reitor Benedito Guimarães Aguiar Neto. Segundo ele, as obras deverão ser concluídas em dois anos. O prédio, que também deverá abrigar os cursos de pós-graduação lato sensu, ficará próximo à futura Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 4-Amarela do Metrô.O Mackenzie tem 7,6 mil estudantes de Direito na capital, divididos em dois turnos. Pela manhã, os veteranos estudam em um edifício de três andares, onde só há banheiros no subsolo e um outro, feminino, no térreo. O elevador funciona até o segundo andar. A aluna do 8.º período Marina Ribeiro está satisfeita. "A sala é bem iluminada, as cadeiras são acolchoadas, o quadro é bom e o ar-condicionado funciona", diz. "Quem reclama é porque não tem mais nada para fazer."A situação é diferente no prédio de cinco andares onde a maioria dos alunos tem aulas. O elevador é de uso exclusivo de professores e alunos com problemas de mobilidade. E não há ar-condicionado nas salas. "Em dias muito quentes não consigo me concentrar", conta Luis Fernando Prado, do 7.º semestre. Outro problema, segundo os estudantes, é o tamanho das turmas: na de Luis Fernando são quase 80 pessoas.Aperto. Para tentar amenizar o desconforto, foi aberta uma nova turma de manhã no último vestibular. As novas classes têm em média 60 alunos. Mas a instalação de dois laboratórios de Engenharia e de um novo banheiro custou algumas salas. Três turmas precisaram mudar para outro prédio e dividem o espaço com cursos da área de Humanas.O presidente do Centro Acadêmico João Mendes Jr., Rodrigo Rangel, afirma que os alunos estão participando de uma "dança das cadeiras". Ele diz que a situação só vai piorar até a entrega do novo prédio. "Até 2014 serão pelo menos quatro novas turmas. Onde esses alunos vão ter aulas?", questiona. O diretor da faculdade não foi encontrado para comentar as declarações dos estudantes. A mensalidade dos calouros custa R$ 1.204,00.Reconhecimento. Na próxima quinta-feira, o reitor do Mackenzie vai a Brasília receber o selo de qualidade conferido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a cursos de Direito. Só 89 das atuais 1.210 faculdades do País serão condecoradas. Foram avaliados os resultados no Exame de Ordem e no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), do Ministério da Educação. Além do Mackenzie, serão premiados os seguintes cursos da capital: Direito-GV, USP, PUC e Professor Damásio de Jesus.

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