Convênio permite cirurgias cardíacas em bebês pelo SUS

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

A dona de casa Elinadja Damas da Silva Viana, de 29 anos, levou um susto ao ver a filha recém-nascida ficar arroxeada na primeira mamada. Ester tinha transposição das grandes artérias - malformação cardíaca em que a posição da aorta e da artéria pulmonar está invertida. Se não fosse submetida a uma operação, viveria 15 dias. A cirurgia, pelo SUS, ocorreu há dois meses na Clínica Perinatal da Barra da Tijuca, instituição particular onde atrizes como Luana Piovani e Grazi Massafera deram à luz.O convênio entre a clínica e a Secretaria de Estado de Saúde foi assinado em outubro de 2009. Desde então, mais de 500 crianças foram submetidas a cirurgias. A taxa de sobrevida é de 94%, comparável a índices de hospitais americanos, como o Children Hospital of Boston, da Universidade de Harvard, e o Children Hospital of Philadelphia."Existe uma carência de cerca de 700 cirurgias cardíacas de recém-nascidos por ano no Rio de Janeiro. Essas crianças acabavam simplesmente morrendo, porque não tinham assistência médica adequada. Conseguimos suprir uma boa parte da demanda e é muito emocionante ver essas crianças se desenvolvendo saudáveis", afirma Sandra Pereira, coordenadora da equipe de cirurgia cardíaca da Perinatal.O convênio entre o Estado e a clínica abrange as cardiopatias mais complexas, como a síndrome hipoplasia de cavidades esquerdas, em que a criança nasce sem o lado esquerdo do coração e sem parte da artéria aorta, responsável por enviar o sangue para o resto do corpo.Para a criança ser operada na clínica particular, ela precisa ser cadastrada na Central Estadual de Regulação de Leitos. Como também são atendidos pacientes do interior do Estado, em alguns casos o transporte é feito por helicóptero, pelo Corpo de Bombeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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