PUBLICIDADE

Copacabana recebe 3 milhões de pessoas durante JMJ

Por Artur Rodrigues e RODRIGO BURGARELLI E LUCIANA NUNES
Atualização:

Famosa por reunir multidões durante a festa de Réveillon, a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, registrou hoje o maior público de sua história: três milhões de pessoas, segundo os organizadores da Jornada. Isso significa o dobro do público recebido no Réveillon, de 1,5 milhão de pessoas, e um milhão a mais do que o público que prestigiou a edição anterior da Jornada Mundial da Juventude, na cidade espanhola de Madri.Francisco só chegou a Copacabana às 18h40, mas desde o início da manhã milhares de pessoas já estavam na praia à espera do pontífice. Enquanto passava por entre o público, os fiéis lançaram centenas de presentes para Francisco - cartas, bonés, muitas bandeiras (de países a times de futebol), e até volumes maiores, como livros. Uma das bandeiras chegou a encobrir a cabeça do motorista, e foi retirada pelo próprio papa. Os seguranças tiveram dificuldade para impedir que os objetos acertassem o papa. Formou-se uma pilha de presentes no banco traseiro.Em vários momentos, o papamóvel parou para que Francisco beijasse bebês e crianças. Ele também fez questão de tocar uma bandeira da Argentina. Francisco começou o desfile usando um sobretudo, para se proteger da temperatura baixa. Ao longo do trajeto, porém, ele retirou o casaco e ficou apenas com a batina branca.Durante o dia, muitos peregrinos arriscaram mergulhos na Praia de Copacabana, apesar do vento frio. O Corpo de Bombeiros chegou a fazer um apelo para que os fiéis não entrassem no mar. "O mar está revolto e vários afogamentos já aconteceram. Se continuarem a mergulhar não haverá salva vidas suficientes para dar conta dos salvamentos", disse o locutor no palco. Os bombeiros fizeram 106 salvamentos, mas não houve registro de mortes.A grande dificuldade dos peregrinos foi com relação aos banheiros químicos, que foram instalados junto aos prédios da Praia de Copacabana. Quem estava na areia não conseguia vencer a barreira humana para atravessar da praia para o outro lado da calçada. A opção era utilizar banheiros de quiosques, que são cobrados - em alguns pontos, a fila demorava 50 minutos.A chefe da polícia do Rio, Marta Rocha, informou que não foi registrado nenhum crime grave relacionado à Jornada. Segundo ela, o número de furtos foi alto, porém o balanço será divulgado apenas ao final da Jornada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.