ACAMPADOS NA RODOVIÁRIA
Alguns chilenos, na condição de mochileiros e assustados com os preços no Rio de Janeiro, seguiram a linha dos argentinos e se viram como podem na cidade. Um ponto de pouso dos estrangeiros tem sido a rodoviária da capital, outra porta de entrada dos latinos na cidade. O saguão virou um acampamento.
Os turistas com menos dinheiro no bolso se ajeitam no terminal para dormir e durante o dia aproveitam para conhecer a cidade.
“Trouxe pouco dinheiro. Cem reais por dia e vi que não ia dar para hospedagem e comida. O jeito foi ficar por aqui e curtir a cidade durante o dia”, afirmou o chileno Andrés Merino, que viajou cinco dias de ônibus para chegar ao Brasil e paga 5 reais ao dia para poder usar o banheiro do terminal.
“Está muito bagunçado por aqui, mas é Copa do Mundo. Vale tudo”, disse à Reuters uma funcionária da rodoviária em condição de anonimato.
A previsão da Secretaria Estadual de Turismo é que o Estado receba até o fim da Copa 500 mil turistas, número bem próximo dos 600 mil, em tese, estimados inicialmente pela Embratur para o país inteiro.
“Ainda trabalhamos com 600 mil turistas estrangeiros, mas com expectativa de ser maior. Aguardamos os dados de desembarque da Polícia Federal para ter esse número após a Copa”, declarou o Ministro do Turismo, Vinicius Lages, a jornalistas na segunda-feira.
Um nova estratégia de promoção turística está sendo elaborada pelo ministério para potencializar o turismo no Brasil a partir da Copa do Mundo e tendo em vista as Olimpíadas de 2016.
“Temos que aproveitar essa visibilidade, a hospitalidade como grande atributo, para investir em serviço e qualificação para colhermos frutos no futuro. Sem dúvida, o mercado latino está no nosso alvo”, afirmou Lages.
(Edição de Maria Pia Palermo)