PUBLICIDADE

Coronel da PM fala de munição que matou juíza

Por MARCELO GOMES
Atualização:

O coronel da PM Amaury Simões foi a primeira testemunha de defesa a ser interrogada no julgamento do cabo da PM Sérgio Costa Júnior, acusado de participação na morte da juíza Patricia Acioli. Ele foi o responsável pela sindicância aberta para apurar a notícia veiculada pela imprensa de que os projéteis usados no crime pertenciam à corporação.Simões disse que o lote da munição havia sido distribuído para os batalhões de São Gonçalo, na Região Metropolitana, e de Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio.O coronel afirmou que o comando do batalhão de Campos informou detalhadamente o destino de toda munição utilizada - ao contrário do comando do batalhão de São Gonçalo, que disse que não seria possível fazer esse levantamento porque a munição era distribuída aleatoriamente. Um dos 11 PMs acusados da morte da juíza é o então comandante do batalhão de São Gonçalo, tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira.Simões disse também que a investigação descobriu quem utilizou os projéteis que mataram Patricia apenas depois da confissão de Costa Júnior, réu que está sendo julgado nesta terça.A segunda testemunha de defesa ouvida foi Carlos Magno da Rosa Jacinto, morador de uma favela em São Gonçalo. Ele disse que considera o réu uma "ótima pessoa", pois em 2009 ele prendeu o estuprador de sua filha. Após o episódio, o policial tornou-se amigo da família.A defesa de Costa Júnior dispensou a oitiva da terceira testemunha arrolada. Com isso, por volta das 11h30 teve início o interrogatório do réu, que prossegue.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.