Corregedoria apura esquema de propina a PMs em SP

Extorsão envolvia esquema de cobrança de propina em troca de proteção para caça-níqueis na zona oeste

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Por Redação
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A Corregedoria da PM passou a apurar as denúncias de envolvimento de um grupo de policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar em um suposto esquema de cobrança de propina em troca de proteção para caça-níqueis na zona oeste de São Paulo. Um tenente e um cabo foram presos e denunciados criminalmente pelo Ministério Público Estadual. Eles alegam inocência. Outros cinco policiais militares e civis são investigados sob a suspeita de participar ou ajudar o grupo. O esquema foi denunciado pelo gerente que tomava conta de máquinas na região da Lapa, conhecido como Magrão. Ameaçado de morte pelos PMs, ele está sob proteção e tem o nome mantido em sigilo. Em 18 de abril, os policiais detiveram em flagrante o cabo Vagner Silva Melo. Ele havia ido fardado - e em uma viatura da PM - a um bar em Pirituba. No local, Magrão manteria máquinas caça-níqueis. O policial entrou no bar e foi logo perguntando ao balconista "se havia algo para ele". O empregado lhe entregou um envelope com R$ 350. O policial foi preso ao sair do bar. A Corregedoria descobriu que o grupo do cabo agia desde outubro de 2007. Os PMs teriam pego ainda propina num bar de esquina na Lapa. Ali, os pagamentos de R$ 2 mil eram mensais. Quem recolhia o dinheiro seria o tenente Edson de Almeida Fernandes. Além do cabo e do tenente, os outros PMs investigados são um sargento, dois soldados e uma policial feminina do batalhão. Magrão ainda acusa um policial civil do 46º Distrito Policial (Perus) de acobertar os PMs. Ele teria tentado denunciar os policiais na delegacia, mas foi aconselhado a "deixar quieto".

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