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Cortar consumo de cigarro pela metade não ajuda a saúde

A taxa de mortes por câncer de pulmão e cânceres associados ao fumo não teve baixa significativa nos homens que apenas reduziram o consumo de cigarro

Por Agencia Estado
Atualização:

Cortar pela metade o número de cigarros consumidos ao dia, na esperança de que isso venha a impedir uma morte prematura, não surte efeito, sugere estudo publicado no periódico Tobacco Control. Embora a redução de consumo possa ser importante no caminho para abandonar o hábito, o estudo mostra que a única atitude segura em relação ao cigarro é parar de fumar, dizem os autores da pesquisa. A afirmação baseia-se em mais de 51 mil homens e mulheres, todos com idade entre 20 e 34 no início do estudo. Os participantes passaram por avaliação de risco cardiovascular, e depois passaram por dois check-ups, em intervalos de três a 10 anos, num período médio de acompanhamento de duas décadas. Os participantes foram divididos em não-fumantes, ex-fumantes, abandonadores (que deixaram o hábito entre o primeiro e o segundo check-up); fumantes moderados (um a 14 cigarros ao dia), redutores (mais de 15 cigarros ao dia, dose cortada pela metade antes do segundo check-up) e fumantes pesados (mais de 15 cigarros ao dia). Entre os homens, a taxa de mortes por câncer de pulmão e cânceres associados ao fumo não teve baixa significativa nos que reduziram o consumo, em comparação aos fumantes pesados. E a redução, pequena, no risco só se manteve nos primeiros 15 anos. Depois disso, o número de mortes voltou a ser próximo. No caso das mulheres, as que reduziram o consumo de cigarro tiveram taxas de morte por causas ligadas ao fumo até maiores que as fumantes pesadas contumazes.

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