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Corte em limpeza na Capital será sentido, diz professor

Por Priscila Trindade
Atualização:

O impacto do corte de 20% nos gastos com serviços de limpeza das ruas da Capital, anunciado pela Prefeitura de São Paulo nesta semana, será sentido pela população a partir de dezembro, quando entra o período das chuvas. Essa é a avaliação do professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, especialista em Direito de Estado. Ele destaca ainda que a decisão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) lembra a atitude tomada pelo ex-prefeito Celso Pitta, em seu último ano de governo, quando ele reduziu os investimentos na área de limpeza. "Os primeiros serviços cortados na gestão do prefeito Celso Pitta também foram os de limpeza. Na ocasião, a cidade se transformou em um caos. As consequências da decisão do Kassab serão sentidas no período das chuvas", afirma o especialista em administração pública.Ferreira destaca que o correto seria cuidar das áreas de risco para não sobrecarregar a rede de esgoto da cidade. "Teremos enchentes em regiões onde hoje isso não ocorre, como nas áreas mais nobres da cidade. Os bairros mais afastados, sofrerão mais do que atualmente", avalia. Em contrapartida, Kassab defendeu o corte e disse que a cidade não vai ser prejudicada, porque não haverá queda na qualidade no serviço. Segundo nota divulgada pela Prefeitura, ao invés de cortar o número de funcionários, haverá diminuição na jornada de trabalho das equipes de limpeza.

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