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CPFL aposta no leilão de eólicas para diversificar matriz

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

A CPFL Energia conseguiu habilitar sete projetos eólicos para o primeiro leilão dessa matriz energética no Brasil, uma maneira de diversificar a fonte de abastecimento da distibuidora que atualmente é 90 por cento hidrelétrica e o restante biomassa. De acordo com o diretor vice-presidente financeiro e de relações com o mercado da empresa, José Filippo, os projetos eólicos consistem em sete fazendas contíguas no Rio Grande Norte. "Há muito tempo a gente está olhando eólica, mas ainda não tinha encontrado o momento em que a rentabilidade do investimento pudesse fazer sentidos para nós", explicou Filippo a jornalistas após palestra no 1o Congresso do Instituto Nacional de Investidores (INI). O preço teto de 189 reais o megawatt-hora estipulado pelo governo ficou dentro das expectativas, mas a execução dos projetos, segundo Filippo, dependerá de quando deságio o preço final vai alcançar, "vai depender como vai funcionar o preço, vamos fazer nossos cálculos", ressaltou. "Compramos esses projetos na expectativa de vender em leilão com rentabilidade mínima, é lógico que essa energia (eólica) está mudando, começou a ficar mais eficiente, os custos estão caindo, tem acesso a linhas de financiamento que não tinha anteriormente", disse Filippo, confirmando que empréstimos junto ao BNDES fazem parte da estratégia da entrada no segmento. A linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também foi um dos atrativos para a CPFL manter o interesse na disputa do leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, mesmo adiado para o ano que vem. "Tem uma equipe toda trabalhando no assunto (Belo Monte), então um adiamento...mas se for para discutir mais um pouco e ter mais informações para formar o preço justo estaremos lá em consórcio", disse o executivo sem querer dar detalhes. Antes do adiamento a empresa vinha conversando com a Vale e a Neoenergia. "Continuamos conversando", limitou-se a dizer. A empresa não descarta ir a mercado captar recursos para seus planos de expansão no país, mas no momento faz apenas rolagens de dívidas e não tem planos de emitir ações. Em 2010 os investimentos no Brasil serão de 1 bilhão de reais, acima dos 800 milhões de reais investidos este ano. "Fazemos captações para rolar nossas dívidas, sempre consideramos captar no mercado, mas não estamos pensando agora em captar recursos assim", finalizou.

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